Poderia ser mais
Do nada fui impactado pelo trailer de O Legado de Júpiter que iria estrear na Netflix. Ganhou minha atenção pelo visual e efeitos que pareciam decentes. Não conhecia os quadrinhos de Mark Millar e não lembrava do início da produção, somente que a Netflix tinha comprado os direitos do "MillarWorld" (Universo de quadrinhos de Mark Millar) para adaptações no serviço de streaming.
Para quem não sabe, Mark Millar é escritor e criador de quadrinhos que inspiraram várias produções de sucesso em live action, como Kingsman: Serviço Secreto e Kick-Ass que teve dois filmes adaptados. A estreia chegou e muitos youtubers e blogueiros rotularam O Legado de Júpiter como uma resposta da Netflix para The Boys da Amazon. É isso mesmo? Ao assistir a temporada completa posso dizer que “não” nada ou quase nada de Legado de Júpiter lembra The Boys.
Com uma base dos quadrinhos que parece ser bem interessante a obra da Netflix não teve cuidado para dar verossimilhança a sua adaptação. É uma história de família, em como os filhos têm que se encaixar em um mundo onde os pais são os maiores heróis da terra e como é difícil carregar esse fardo. No geral a série se leva a sério demais, um drama sem fim com quase nenhum momento para o humor onde a ação é secundária, e dá espaço para duas narrativas distintas, uma de origem que se passa no passado e outra no presente, algo que me lembrou a série do Arqueiro Verde (Arrow).
Ao Lembrar de série da CW, outra coisa tem visível semelhança com as produções da DC na TV, os efeitos especiais, certamente faltou dinheiro para a produção o envelhecimento dos personagens soa falso em todos os momentos, a produção não se vende sendo algo bem-acabado e produzido como Stranger Things do mesmo serviço, por exemplo. Com um elenco pouco conhecido tirando um dos protagonistas, Josh Duhamel (Utópico), me chamou atenção a atuação da atriz Elena Kampouris (Chloe Sampson) filha de Utópico, que foi presenteada com uma personagem que realmente passa por algum drama e tem conteúdo para interpretar.
A violência dos quadrinhos de Millar estão lá de maneira contida, mas a aplicação destas sequências não tem a mesma surpresa ou sentido como na série da Amazon, já que comparar com The Boys é algo comum. O legado de Júpiter vem como grande potencial que se desperdiça ao não balancear drama, ação e efeitos dignos. Se houver uma segunda temporada, que eles leiam as críticas e tomem melhores decisões de execução, creio que algo bom ainda pode vir desse universo.
NOTA DO BARÃO 06/10
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Publicado por: Diego Piacentini
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