Crítica: Mulher Maravilha 1984

Um filme que não sabe onde quer chegar

Um início imponente que abusa dos efeitos especiais para mostrar para a pequena Diana que perder não é vergonhoso, lição essa que não precisava de tamanha sequência, mas que vende bem o início do filme. A sequência no shopping nos anos 80 vislumbramos a mulher maravilha em seu esplendor salvando uma criança e brincando com outra, que lembra muito ritmo otimista dos filmes do Superman de Cristopher Reeve é algo que me agradou como nostalgia e fã do ator.

Depois desta cena é que as coisas desandam a meu ver, com soluções de roteiro e cenas de ação que beiram Bollywood. As motivações do vilão ficam perdidas durante o filme. Barbara Minerva a Mulher Leopardo a outra vilã do filme lembra muito o perfil e as motivações da mulher gato de Michelle Pfeiffer, algo que já não é novidade ainda mais em plenos 2020.

Um avião que surge do nada em um galpão e magicamente fica invisível para preencher um fan service, uma armadura que só serve para vender bonecos da heroína em uma luta curta com a mulher leopardo só pra dizer que ela está no filme. O efeito usado na atriz Kristen Wiig está péssimo bem a lá filme Cats realizada em ambiente escuro para disfarçar imperfeições do CGI. Steve Trevor toma a vida de outra pessoa e Diana nem liga, ela é uma heroína, são coisas que você assiste e tem que colocar a suspensão de descrença no máximo.

Um filme que quer passar uma mensagem otimista sobre humanidade, mas que no final não sabe o que quer ser. Os atores estão ótimos, Gal Gadot domina a personagem, ressalva para o vilão de Pedro Pascal, caricato demais, um Saul de Breaking Bad perdido ali, algo que não é culpa do ator se há culpados ficam a cargo do demitido escritor Geoff Johns e da direção com muita liberdade, até demais de Patty Jenkis. Não havia necessidade do filme se passar nos anos 80, talvez pra pegar a onda e nostalgia de um público Stranger Things. Não supera o primeiro filme e lançá-lo no streaming não foi má ideia, pois acho que não arrecadaria tanto somente nos cinemas. ????

NOTA DO BARÃO: 5/10

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Publicado por: Diego Piacentini