Crítica: Godzilla vs Kong

09/04/2021 02:46:00

Um filme genérico que poderia ter ficado só nos trailers

É duro começar a falar de um filme tão aguardado com tamanho desdenho, mas Godzilla versus Kong é o que foi prometido, rounds de dois, três monstros gigantes. Algo que não posso negar é que o filme prometeu e entregou. Os efeitos especiais estão espetaculares o ponto alto da produção, o que já não posso dizer do drama humano ou mesmo da história do longa. Um espetáculo de conveniências de roteiro e interpretações genéricas onde a suspensão de descrença tem que estar em alto nível.

Momentos que desafiam a física o tempo e o espaço, tomadas de decisões que se confundem entre si, por exemplo: uma garotinha fica livre e solta lidando com um Gorila de vários metros sem nenhuma segurança. Kong estava em uma redoma para protege-lo de Godzilla, mas alguém chega com uma ideia mirabolante e arriscam tirá-lo de lá mesmo sabendo dos perigos, apenas por que sim.

Millie Bobby Brown é colocada no filme apenas para dar uma estrela ao longa, uma personagem rasa assim como seus dois outros companheiros de aventura. Um trem que te leva dos Estados Unidos a Hong Kong em minutos. O raio de Godzilla facilmente atinge o centro da terra com uma mira de fazer inveja a qualquer atirador de elite. Inclusive o próprio MechaGodzilla, sua energia infinita é simples de ser replicada, apenas coletando alguns dados de um lugar e enviados por e-mail para a central. São vários os absurdos inclusive a falta de preocupação com as pessoas pisoteadas nas cidades, não parece que as lutas causam qualquer tipo de consequência real.

Bom levando em conta o que falei no início, o filme é feito para dois monstros se baterem, mas afirmo que 30 minutos de luta já resultariam na mesma experiência sem gastar tanto com história e elenco. Godzilla versus Kong entra como uma das grandes decepções deste ano. Só espero que se houver continuação seja curta, uns 30 minutos.

NOTA DO BARÃO 05/10

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